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7 dificuldades financeiras decorrentes da pandemia

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Empresários, executivos e conselheiros estão debruçados diariamente no desafio de tomar as melhores decisões financeiras em tempos de incertezas. O desafio é aplicável para empresas pequenas, médias e grandes, independentemente da estrutura implementada de governança corporativa.

Vários negócios, para não dizer a maioria deles, estão sentindo um ou mais dos sintomas abaixo decorrentes desses tempos de incertezas:

1) dificuldades na projeção dos fluxos de caixa para os próximos doze meses;

2) dificuldades de acessar linhas de crédito com grandes instituições financeiras;

3) dificuldades de tomada de decisão quanto à diminuição, manutenção ou aumento da estrutura;

4) dificuldades de alinhamento estratégico entre os gestores e conselheiros;

5) dificuldades de realinhamento da política de remuneração dos executivos e distribuição de lucros ou dividendos;

6) dificuldades de implementar novos processos de digitalização, tecnologia e inovação; e 7) dificuldades nas decisões de novos investimentos.

 

Neste cenário aparecem os conflitos entre o ceticismo, razão e o indispensável feeling comumente presente nos empreendedores e empresários. Os negócios multifamiliares ainda padecem de um grau de dificuldade ainda maior quando há diferentes visões que envolvem cada unidade familiar, seja manutenção de empregos, distribuição de lucros ou valorização da empresa para uma eventual futura venda.

Os conselheiros devem considerar os diversos ingredientes e ajudar efetivamente os gestores a superar os desafios. Conforme artigo escrito pela Carla Leal para o @conselho.digital, olhar para o futuro é muito mais complexo, mas não basta apenas enxergar o futuro, a atribuição do Conselho também é a de avaliar se o caminho que está sendo trilhado pela empresa está na direção correta.

E quando falamos das finanças nesses momentos de incerteza, o principal ponto é o “olho no caixa” considerando a capacidade da empresa em honrar seus compromissos e avaliar os cenários possíveis para o curto, médio e longo prazos. Com base nas projeções de caixa, decisões devem ser tomadas após estudos criteriosos, mas com agilidade para aproveitar as oportunidades. Dependendo da atividade da companhia e de sua capacidade de honrar seus compromissos e acessar o mercado de capitais, o período de incerteza também pode representar um período com boas oportunidades para aumento de market share, aquisição de concorrentes, verticalização ou novos investimentos.

Para algumas empresas o desafio é sobreviver, para outras é manter os negócios e para outras será aproveitar as oportunidades e crescer. Os melhores gestores serão aqueles que conseguirem atuar no curto prazo com responsabilidade, sem deixar de avaliar oportunidades estratégicas e aproveitar aquelas que agreguem maior valor para seu negócio.

André A. Souza para o @conselho.digital.

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