Ainda é prática entre analistas de investimento tomar o EBITDA como proxy para a geração de caixa operacional. É esta geração que serve para cobrir os empréstimos, financiamentos e arrendamentos, a necessidade de investimento e para definir a política de distribuição de dividendos. Ou seja, o entendimento da magnitude da geração de caixa operacional é essencial para a análise de risco financeiro. Entretanto, vimos como tal prática (de adoção cega do EBITDA como proxy para geração de caixa operacional) é perigosa, como no caso da Americanas: entre 2014 e 2022 o EBITDA acumulado alcançou R$ 12,3 bilhões, enquanto a geração efetiva de caixa operacional foi negativa (consumo de caixa pela operação) em R$ 4,3 bilhões.
Selecionamos as 92 maiores empresas listadas na B3, de acordo com seu valor de mercado, e comparamos o EBITDA com a respectiva geração efetiva de caixa operacional, para os anos de 2020, 2021 e 2022. Os resultados estão destacados a seguir. Em média, a geração de caixa operacional representou 69% do EBITDA. Ou seja, o risco financeiro é subestimado quando calculado através da adoção do EBITDA.
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